Fumar já foi visto como hábito socialmente aceito, mas hoje a ciência é clara: o cigarro é uma das principais causas evitáveis de morte no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, incluindo quem convive com a fumaça alheia.

O cigarro aumenta em até duas vezes o risco de infarto e AVC, favorece mais de 20 tipos de câncer e está por trás de doenças respiratórias como bronquite crônica e enfisema. Até mesmo o envelhecimento precoce da pele e a infertilidade são consequências comprovadas.

A boa notícia? Nunca é tarde para parar. Estudos mostram que, em apenas 20 minutos após o último cigarro, a pressão arterial já melhora; em 12 horas, o oxigênio no sangue se normaliza; em 1 ano, o risco de infarto cai pela metade.

O tratamento mais eficaz combina apoio psicológico e medicação (adesivos, gomas de nicotina, bupropiona ou vareniclina). No Brasil, o SUS oferece programas gratuitos de cessação, que aumentam em até quatro vezes as chances de sucesso.

Parar de fumar não é apenas viver mais — é viver melhor. Cada cigarro a menos já significa um coração mais protegido e pulmões mais limpos.

Autora: Dra. Luciene de Souza Freitas
Especialista em Cardiologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF – RJ)
Médica do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC)